sábado, 31 de outubro de 2009
Astérix/50 anos: Uma vida a bater nos romanos e a caçar javalis
Astérix e Obélix começaram a bater em romanos e a caçar javalis há exactamente 50 anos, num tempo em que a banda desenhada estava longe da dimensão que viria a alcançar e ninguém conseguia antecipar o sucesso estrondoso dos "irredutíveis gauleses".
Albert Uderzo, o desenhador, e René Goscinny, o argumentista, já tinham trabalhado juntos e voltavam a encontrar-se, em 1959, na criação do jornal "Pilote" (primeiro número a 29 de Outubro), para que contribuíam com uma série de fórmula simples, mas que se veio tornar muito eficaz.
Bastou menos de dois anos para se perceber que "Astérix, o Gaulês" era a "alma" do jornal, relegando para segundo plano outras séries que também granjearam os favores do público, como "Michel Tanguy" (Uderzo de novo, mas com Jean-Michel Charlier,) e "O Demónio das Caraíbas" (Victor Hubinon e Charlier).
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Algarve na 'pole' para acolher Mundial de F1 - 2010
Na reunião do Conselho Mundial da FIA, a 11 de Dezembro, discutir-se-á o preenchimento da vaga no calendário provisório para 2010; Jean Todt é aliado de Portugal.
Portugal pode voltar a acolher um grande prémio de Fórmula 1 já em 2010, soube o DN junto de uma fonte conhecedora do processo.
Segundo as informações recolhidas, o Autódromo Internacional do Algarve, situado em Portimão, tem boas hipóteses de ser um dos 20 circuitos da próxima edição do Campeonato do Mundo. Há neste momento uma vaga em aberto no calendário provisório para 2010 e que pode ser preenchida por Portugal. Esta é uma das questões que serão debatidas na reunião anual do Conselho Mundial da Federação Internacional do Automóvel (FIA), em Monte Carlo, já agendada para 11 de Dezembro.
Bernie Ecclestone, máximo responsável pela Fórmula One Management (FOM) e patrão da Fórmula 1, está receptivo ao regresso da Fórmula 1 a Portugal, 14 anos depois do último grande prémio realizado no Autódromo Fernanda Pires da Silva, no Estoril, em 1996. E este é já um indicador para ser levado em linha de conta.
Foi neste mesmo sentido que o já referido Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, surgiu integrado, de 18 a 20 de Setembro do corrente ano de 2009, no campeonato GP2 Series. Uma competição em que participou o promissor piloto português Álvaro Parente, cujo nome é apontado, também, como uma das possibilidades para ingressar na Fórmula 1 em 2010 - mantém negociações com algumas equipas e é agenciado por Jorge Mendes, empresário de... Cristiano Ronaldo.
As conversações para que Portugal possa voltar a receber uma prova da disciplina máxima do automobilismo mundial iniciaram-se, sob sigilo absoluto, em 2008.
No entanto, não há, ainda, acordo entre as partes envolvidas. Contudo, soube o DN junto de uma fonte conhecedora do processo que além do inglês Max Mosley - ex- -presidente da FIA que teceu rasgados elogios, publicamente, ao Autódromo Internacional do Algarve em Abril deste ano e aquando da realização do Rali de Portugal -, também Jean Todt, recentemente eleito presidente da Fede- ração Internacional do Automóvel, admira bastante o circuito localizado no Sul de Portugal.
Aliás, Jean Todt é visto como um dos defensores do regresso da F1 a Portugal e, simultâneamente, como um dos aliados de peso - talvez o mais preponderante - quando a FIA decidir que nação preencherá a vaga deixada em aberto no calendário provisório para 2010.
In Jornal DN On line
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Jean Todt é o novo presidente da FIA
O francês Jean Todt foi eleito o novo presidente da Federação Internacional do Automóvel (FIA).
Todt recebeu a maioria dos votos dos 221 clubes, vencendo por larga maioria, obtendo 135 votos contra os 49 de Ari Vatanen, ao passo que 12 dos votos foram inválidos ou brancos.
A votação foi secreta, tendo a contagem dos votos sido supervisionada por um Oficial de Justiça francês, garantindo a legalidade de todo o processo.
Assim, a lista vencedora foi composta por:
Presidente do Senado
Nick Craw, Presidente, Comité para a Competição Automóvel dos Estados Unidos (EUA)
Vice-presidente para a area da mobilidade
Brian Gibbons, director-executivo, Associação Automóvel da Nova Zelândia
Vice-presidente do Desporto
Graham Stoker, Council Chairman, Associação de Desporto Motorizado (Reino Unido)
Membros do Senado
Hernan Gallegos Banderas, Presidente, Automóvel Clube do Equador (Equador)
HH Tunku Mudzaffar bin Tunku Mustapha, Director, Associação Automóvel da Malásia
S.H. Rudolf Graf von der Schulenburg, Presidente, Clube Automóvel da Alemanha
Carlos Slim Domit, Presidente, Associação Mexicana de Automobilismo (México)
Jainchang Yan, Deputy Presidente, Federação do Desporto Automóvel da China
Vice-presidentes para a Mobilidade
Carlos Barbosa, Presidente, Automóvel Club de Portugal (Portugal)
Victor Dumot, Presidente, Clube Automóvel do Paraguai
Ignacio Gonzalez Fausto, Presidente, Associação Mexicana de Automobilismo (México)
Gus Lagman, Presidente, Associação Automóvel das Filipinas
Franco Lucchesi, Delegado da FIA, Automóvel Clube de Itália
Jorge Rosales, President, Automóvel Clube da Argentina
Danijel Starman, President, Clube Automóvel da Eslovénia
Vice-Presidentes para o desporto
José Abed, Presidente, Organização Mexicana do Automobilismo Internacional (México)
Michel Boeri, Presidente, Clube Automóvel do Mónaco
Morrie Chandler, Presidente-honorário, Automobilismo da Nova Zelândia
Enrico Gelpi, Presidente, Automóvel Clube de Itália
Carlos Gracia, Presidente, Real Federação Espanhola de Automobilismo (Espanha)
Mohamed ben Sulayem, Presidente, Clube Automóvel dos Emirados Árabes Unidos
Surinder Thatthi, Associação Automóvel da Tanzânia
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Algarve Historic Festival - 18 de Outubro de 2009
Algumas fotos tiradas durante o domingo aos carros mais bonitos e que de certa maneira estão ligados à minha infância e adolescência.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Algarve Historic Festival - Autódromo Internacional do Algarve - Outubro de 2009
Fui com o meu cunhado Jorge ver o Historic Festival, com muitos automóveis de praticamente todas as épocas. Para além de podermos andar entre eles no paddock, vimos algumas corridas muito disputadas, onde recordámos a nossa infância e adolescência.
Domingo bem passado, a repetir nos próximos anos.
domingo, 18 de outubro de 2009
Jenson Button – 2009 world champion!
Button is the tenth British champion following in the footsteps of Mike Hawthorn, Graham Hill, Jim Clark, John Surtees, Jackie Stewart, James Hunt, Nigel Mansell, Damon Hill and the out-going champion Lewis Hamilton.
His string of six wins from the first seven races equalled a record set by Clark and Michael Schumacher and formed the foundation of his championship campaign. While his final win of the season came at Istanbul in June - pending the last round of the season in Abu Dhabi - since then he was able to score points on a regular basis much to the frustration of his rivals.
Button has had his fair share of critics for his performance in the second half of the championship, but had he started the season with points paying finishes and ended the season with a string of victories, his success would have, arguably, been seen in a differing light.
He may not have the flair of some of his rivals and may not put the car right on the limit week in week out, but his Brazilian race was a very good performance and with more points than his rivals, he has achieved his career objective of championship success following many years of loyalty to Honda and its new successor, Brawn GP.
In view of his team having taken the constructors' crown as well, Button's title caps what has been a fairytale success story for the Brawn team, an outfit which came close to shutting its doors mere weeks before the 2009 championship began. The BGP 001 completed its first on-track testing only a month before the season's first race.
Earl ALEXANDER in
http://en.f1-live.com/f1/en/headlines/news/detail/091018201830.shtml
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Angolano de Benguela lidera Campeonato Asiático de Formula Renault 2.0
Em Angola e no mundo é, ainda, desconhecido.
Vamos dar uma ajudinha divulgando esta foto e este facto.
domingo, 11 de outubro de 2009
Eleições Autárquicas 2009: Exerça o Direito ao Voto
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Banca em Portugal : Malparado de particulares já soma 3,7 mil milhões
As dívidas de crédito dos portugueses à banca não param de aumentar, atingindo em Agosto o valor mais alto desde há 12 anos, ou seja, desde que há séries estatísticas.
São 3,7 mil milhões que os particulares têm em malparado nos bancos, um crescimento absoluto de 34% face a igual mês de 2008 e mais 100 milhões de euros que no mês anterior, de acordo com os últimos dados divulgados ontem on-line pelo Banco de Portugal.
Este aumento contrasta com a continuada "travagem" na concessão de novos empréstimos: em Agosto, o saldo total de crédito a particulares aumentou apenas 1,1% face a igual mês de 2008, somando 135 mil milhões de euros. Sendo o tradicional mês das férias, poderá não ser a altura propícia para a concretização de alguns projectos, o que explicará, em parte, o reduzido aumento.
Como resultado destas duas realidades - redução na concessão com aumento do malparado -, o rácio de crédito vencido sobre o crédito total aumentou 35% nos dois meses em análise, passando de 2% para 2,7% do total.
Apesar dos aumentos significativos, as taxas de variação dão sinais de algum abrandamento. Assim, os valores absolutos do malparado na habitação crescem, de Agosto a Agosto, 21,7%, contra aumentos na casa dos 25% há três e quatro meses.
Nos primeiros oito meses do ano, o acumulado em cobrança duvidosa para a compra de casa atingiu os 1,8 mil milhões de euros, com o seu rácio sobre o total para este fim a passar de 1,4% em Agosto de 2008, para 1,7% em igual mês deste ano, resultando numa variação de 21,4%.
No consumo, a tendência é idêntica. Depois de ter aumentado, em termos absolutos, com variações na casa dos 60% durante alguns meses, o malparado resultante do não pagamento da prestação do carro, electrodomésticos ou até mesmo de créditos pessoais, subiu 52,9% em Agosto face a mês homólogo de 2008, ou seja, passou de 691 milhões para 1057 milhões de euros.
O saldo dos empréstimos para este fim cresceu 2,3%, para os 15,4 mil milhões de euros, o que faz com que o rácio de incumprimento seja de 6,8%, contra 4,5% em igual mês do ano passado (mais 51,1%). Em época de fraco consumo privado e aumento dos níveis de poupança, os portugueses racionalizam o seu consumo e, por consequência, reduzem a procura de novos empréstimos ao consumo. Um exemplo desta situação é a que resulta da menor venda de automóveis.
Se nos saldos do crédito o abrandamento da procura é visível, na concessão de novos empréstimos a particulares esta realidade é mais evidente. A par da menor procura, há que ter conta as dificuldades acrescidas por parte dos bancos na hora de conceder um novo empréstimo. A nova produção (empréstimos contratados no mês em causa) continua a apresentar variações homólogas negativas.
Assim, os novos empréstimos à compra de casa concedidos em Agosto totalizaram 773 milhões de euros, contra 899 milhões em igual mês de 2008, uma quebra de 14%.
No que respeita ao financiamento do consumo, foram atribuídos naquele mês 211 milhões de euros, menos 25% do que em Agosto do ano passado.
In DN Online
domingo, 4 de outubro de 2009
sábado, 3 de outubro de 2009
ISABEL ALÇADA - A nova ministra da Educação
Já há professores a protestar. Acho que já não há volta a dar nesta reforma da Educação.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Rio de Janeiro ganha corrida aos Jogos Olímpicos 2016
Rio de Janeiro de Madrid foram as finalistas da corrida, depois de na primeira ronda ter sido excluída Chicago e na segunda Tóquio.
A festa, que já tinha inundado a ruas da cidade brasileira mais conhecida no mundo antes mesmo de terem começado as votações na Dinamarca, tornou-se ainda mais intensa.
Pela segunda vez quase consecutiva a organização dos Jogos é entregue a um dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), países em forte desenvolvimento económico, com um poder crescente na economia mundial.
O primeiro destes países a organizar os Jogos Olímpicos foi a China, com Pequim 2008.
In DN on line
MEU COMENTÁRIO: Parabéns Brasil. Esperemos que traga mais desenvolvimento, mais riqueza ao povo irmão do Brasil. Parabéns.
MANIFESTO DE OBAMA PARA OS ALUNOS - 09.09.2009
Publicado em 09 de Setembro de 2009.
O presidente falou ontem aos alunos da América
Também conheço essa sensação. Quando era miúdo, a minha família viveu alguns anos na Indonésia e a minha mãe não tinha dinheiro para me mandar para a escola onde andavam os outros miúdos americanos. Foi por isso que ela decidiu dar-me ela própria umas lições extras, segunda a sexta-feira, às 4h30 da manhã.
A ideia de me levantar àquela hora não me agradava por aí além. Adormeci muitas vezes sentado à mesa da cozinha. Mas quando eu me queixava a minha mãe respondia-me: "Olha que isto para mim também não é pêra doce, meu malandro..."
Tenho consciência de que alguns de vocês ainda estão a adaptar-se ao regresso às aulas, mas hoje estou aqui porque tenho um assunto importante a discutir convosco. Quero falar convosco da vossa educação e daquilo que se espera de vocês neste novo ano escolar.
Já fiz muitos discursos sobre educação, e falei muito de responsabilidade. Falei da responsabilidade dos vossos professores de vos motivarem, de vos fazerem ter vontade de aprender. Falei da responsabilidade dos vossos pais de vos manterem no bom caminho, de se assegurarem de que vocês fazem os trabalhos de casa e não passam o dia à frente da televisão ou a jogar com a Xbox. Falei da responsabilidade do vosso governo de estabelecer padrões elevados, de apoiar os professores e os directores das escolas e de melhorar as que não estão a funcionar bem e onde os alunos não têm as oportunidades que merecem.
No entanto, a verdade é que nem os professores e os pais mais dedicados, nem as melhores escolas do mundo são capazes do que quer que seja se vocês não assumirem as vossas responsabilidades. Se vocês não forem às aulas, não prestarem atenção a esses professores, aos vossos avós e aos outros adultos e não trabalharem duramente, como terão de fazer se quiserem ser bem sucedidos.
E hoje é nesse assunto que quero concentrar-me: na responsabilidade de cada um de vocês pela sua própria educação.
Todos vocês são bons em alguma coisa. Não há nenhum que não tenha alguma coisa a dar. E é a vocês que cabe descobrir do que se trata. É essa oportunidade que a educação vos proporciona.
Talvez tenham a capacidade de ser bons escritores - suficientemente bons para escreverem livros ou artigos para jornais -, mas se não fizerem o trabalho de Inglês podem nunca vir a sabê-lo. Talvez sejam pessoas inovadoras ou inventores - quem sabe capazes de criar o próximo iPhone ou um novo medicamento ou vacina -, mas se não fizerem o projecto de Ciências podem não vir a percebê-lo. Talvez possam vir a ser mayors ou senadores, ou juízes do Supremo Tribunal, mas se não participarem nos debates dos clubes da vossa escola podem nunca vir a sabê-lo.
No entanto, escolham o que escolherem fazer com a vossa vida, garanto-vos que não será possível a não ser que estudem. Querem ser médicos, professores ou polícias? Querem ser enfermeiros, arquitectos, advogados ou militares? Para qualquer dessas carreiras é preciso ter estudos. Não podem deixar a escola e esperar arranjar um bom emprego. Têm de trabalhar, estudar, aprender para isso.
E não é só para as vossas vidas e para o vosso futuro que isto é importante. O que vocês fizerem com os vossos estudos vai decidir nada mais nada menos que o futuro do nosso país. Aquilo que aprenderem na escola agora vai decidir se enquanto país estaremos à altura dos desafios do futuro.
Vão precisar dos conhecimentos e das competências que se aprendem e desenvolvem nas ciências e na matemática para curar doenças como o cancro e a sida e para desenvolver novas tecnologias energéticas que protejam o ambiente. Vão precisar da penetração e do sentido crítico que se desenvolvem na história e nas ciências sociais para que deixe de haver pobres e sem-abrigo, para combater o crime e a discriminação e para tornar o nosso país mais justo e mais livre. Vão precisar da criatividade e do engenho que se desenvolvem em todas as disciplinas para criar novas empresas que criem novos empregos e desenvolvam a economia.
Precisamos que todos vocês desenvolvam os vossos talentos, competências e intelectos para ajudarem a resolver os nossos problemas mais difíceis. Se não o fizerem - se abandonarem a escola -, não é só a vocês mesmos que estão a abandonar, é ao vosso país.
Eu sei que não é fácil ter bons resultados na escola. Tenho consciência de que muitos têm dificuldades na vossa vida que dificultam a tarefa de se concentrarem nos estudos. Percebo isso, e sei do que estou a falar. O meu pai deixou a nossa família quando eu tinha dois anos e eu fui criado só pela minha mãe, que teve muitas vezes dificuldade em pagar as contas e nem sempre nos conseguia dar as coisas que os outros miúdos tinham. Tive muitas vezes pena de não ter um pai na minha vida. Senti-me sozinho e tive a impressão que não me adaptava, e por isso nem sempre conseguia concentrar-me nos estudos como devia. E a minha vida podia muito bem ter dado para o torto.
Mas tive sorte. Tive muitas segundas oportunidades e consegui ir para a faculdade, estudar Direito e realizar os meus sonhos. A minha mulher, a nossa primeira-dama, Michelle Obama, tem uma história parecida com a minha. Nem o pai nem a mãe dela estudaram e não eram ricos. No entanto, trabalharam muito, e ela própria trabalhou muito para poder frequentar as melhores escolas do nosso país.
Alguns de vocês podem não ter tido estas oportunidades. Talvez não haja nas vossas vidas adultos capazes de vos dar o apoio de que precisam. Quem sabe se não há alguém desempregado e o dinheiro não chega. Pode ser que vivam num bairro pouco seguro ou os vossos amigos queiram levar-vos a fazer coisas que vocês sabem que não estão bem.
Apesar de tudo isso, as circunstâncias da vossa vida - o vosso aspecto, o sítio onde nasceram, o dinheiro que têm, os problemas da vossa família - não são desculpa para não fazerem os vossos trabalhos nem para se portarem mal. Não são desculpa para responderem mal aos vossos professores, para faltarem às aulas ou para desistirem de estudar. Não são desculpa para não estudarem.
A vossa vida actual não vai determinar forçosamente aquilo que vão ser no futuro. Ninguém escreve o vosso destino por vocês. Aqui, nos Estados Unidos, somos nós que decidimos o nosso destino. Somos nós que fazemos o nosso futuro.
E é isso que os jovens como vocês fazem todos os dias em todo o país. Jovens como Jazmin Perez, de Roma, no Texas. Quando a Jazmin foi para a escola não falava inglês. Na terra dela não havia praticamente ninguém que tivesse andado na faculdade, e o mesmo acontecia com os pais dela. No entanto, ela estudou muito, teve boas notas, ganhou uma bolsa de estudos para a Universidade de Brown, e actualmente está a estudar Saúde Pública.
Estou a pensar ainda em Andoni Schultz, de Los Altos, na Califórnia, que aos três anos descobriu que tinha um tumor cerebral. Teve de fazer imensos tratamentos e operações, uma delas que lhe afectou a memória, e por isso teve de estudar muito mais - centenas de horas a mais - que os outros. No entanto, nunca perdeu nenhum ano e agora entrou na faculdade.
E também há o caso da Shantell Steve, da minha cidade, Chicago, no Illinois. Embora tenha saltado de família adoptiva para família adoptiva nos bairros mais degradados, conseguiu arranjar emprego num centro de saúde, organizou um programa para afastar os jovens dos gangues e está prestes a acabar a escola secundária com notas excelentes e a entrar para a faculdade.
A Jazmin, o Andoni e a Shantell não são diferentes de vocês. Enfrentaram dificuldades como as vossas. Mas não desistiram. Decidiram assumir a responsabilidade pelos seus estudos e esforçaram-se por alcançar objectivos. E eu espero que vocês façam o mesmo.
É por isso que hoje me dirijo a cada um de vocês para que estabeleça os seus próprios objectivos para os seus estudos, e para que faça tudo o que for preciso para os alcançar. O vosso objectivo pode ser apenas fazer os trabalhos de casa, prestar atenção às aulas ou ler todos os dias algumas páginas de um livro. Também podem decidir participar numa actividade extracurricular, ou fazer trabalho voluntário na vossa comunidade. Talvez decidam defender miúdos que são vítimas de discriminação, por serem quem são ou pelo seu aspecto, por acreditarem, como eu acredito, que todas as crianças merecem um ambiente seguro em que possam estudar. Ou pode ser que decidam cuidar de vocês mesmos para aprenderem melhor. E é nesse sentido que espero que lavem muitas vezes as mãos e que não vão às aulas se estiverem doentes, para evitarmos que haja muitas pessoas a apanhar gripe neste Outono e neste Inverno.
Mas decidam o que decidirem gostava que se empenhassem. Que trabalhassem duramente. Eu sei que muitas vezes a televisão dá a impressão que podemos ser ricos e bem-sucedidos sem termos de trabalhar - que o vosso caminho para o sucesso passa pelo rap, pelo basquetebol ou por serem estrelas de reality shows -, mas a verdade é que isso é muito pouco provável. A verdade é que o sucesso é muito difícil. Não vão gostar de todas as disciplinas nem de todos os professores. Nem todos os trabalhos vão ser úteis para a vossa vida a curto prazo. E não vão forçosamente alcançar os vossos objectivos à primeira.
No entanto, isso pouco importa. Algumas das pessoas mais bem-sucedidas do mundo são as que sofreram mais fracassos. O primeiro livro do Harry Potter, de J. K. Rowling, foi rejeitado duas vezes antes de ser publicado. Michael Jordan foi expulso da equipa de basquetebol do liceu, perdeu centenas de jogos e falhou milhares de lançamentos ao longo da sua carreira. No entanto, uma vez disse: "Falhei muitas e muitas vezes na minha vida. E foi por isso que fui bem-sucedido."
Estas pessoas alcançaram os seus objectivos porque perceberam que não podemos deixar que os nossos fracassos nos definam - temos de permitir que eles nos ensinem as suas lições. Temos de deixar que nos mostrem o que devemos fazer de maneira diferente quando voltamos a tentar. Não é por nos metermos num sarilho que somos desordeiros. Isso só quer dizer que temos de fazer um esforço maior por nos comportarmos bem. Não é por termos uma má nota que somos estúpidos. Essa nota só quer dizer que temos de estudar mais.
Ninguém nasce bom em nada. Tornamo-nos bons graças ao nosso trabalho. Não entramos para a primeira equipa da universidade a primeira vez que praticamos um desporto. Não acertamos em todas as notas a primeira vez que cantamos uma canção. Temos de praticar. O mesmo acontece com o trabalho da escola. É possível que tenham de fazer um problema de Matemática várias vezes até acertarem, ou de ler muitas vezes um texto até o perceberem, ou de fazer um esquema várias vezes antes de poderem entregá-lo.
Não tenham medo de fazer perguntas. Não tenham medo de pedir ajuda quando precisarem. Eu todos os dias o faço. Pedir ajuda não é um sinal de fraqueza, é um sinal de força. Mostra que temos coragem de admitir que não sabemos e de aprender coisas novas. Procurem um adulto em quem confiem - um pai, um avô ou um professor ou treinador - e peçam-lhe que vos ajude.
E mesmo quando estiverem em dificuldades, mesmo quando se sentirem desencorajados e vos parecer que as outras pessoas vos abandonaram - nunca desistam de vocês mesmos. Quando desistirem de vocês mesmos é do vosso país que estão a desistir.
A história da América não é a história dos que desistiram quando as coisas se tornaram difíceis. É a das pessoas que continuaram, que insistiram, que se esforçaram mais, que amavam demasiado o seu país para não darem o seu melhor.
É a história dos estudantes que há 250 anos estavam onde vocês estão agora e fizeram uma revolução e fundaram este país. É a dos estudantes que estavam onde vocês estão há 75 anos e ultrapassaram uma depressão e ganharam uma guerra mundial, lutaram pelos direitos civis e puseram um homem na Lua. É a dos estudantes que estavam onde vocês estão há 20 anos e fundaram a Google, o Twitter e o Facebook e mudaram a maneira como comunicamos uns com os outros.
Por isso hoje quero perguntar-vos qual é o contributo que pretendem fazer. Quais são os problemas que tencionam resolver? Que descobertas pretendem fazer? Quando daqui a 20 ou a 50 ou a 100 anos um presidente vier aqui falar, que vai dizer que vocês fizeram pelo vosso país?
As vossas famílias, os vossos professores e eu estamos a fazer tudo o que podemos para assegurar que vocês têm a educação de que precisam para responder a estas perguntas. Estou a trabalhar duramente para equipar as vossas salas de aulas e pagar os vossos livros, o vosso equipamento e os computadores de que vocês precisam para estudar. E por isso espero que trabalhem a sério este ano, que se esforcem o mais possível em tudo o que fizerem. Espero grandes coisas de todos vocês. Não nos desapontem. Não desapontem as vossas famílias e o vosso país. Façam-nos sentir orgulho em vocês. Tenho a certeza que são capazes.