O escritor russo Alexander Solzhenitsyn, dissidente soviético e Prémio Nobel de Literatura, morreu aos 89 anos, informou neste domingo, 3, a agência de notícias Interfax. Preso pela primeira vez em aos 20 anos sob alegação de crimes anti-soviéticos, Solzhenitsyn tornou-se mundialmente conhecido por suas críticas ao regime comunista, em especial às prisões de dissidentes.
A Interfax indica que o russo foi vítima de um derrame cerebral, enquanto Stepan Solzhenitsyn, filho do escritor, diz que seu pai morreu após um ataque cardíaco. O presidente russo, Dmitry Medvedev, enviou condolências à família de Solzhenitsyn.
O escritor atingiu a fama mundial em 1962 com Um Dia na Vida de Ivan Denisovich, um curto romance que conta a história de um companheiro no campo de trabalhos forçados da Sibéria. Na época, a obra foi considerada um ataque ao regime soviético.
Em 1974, durante o regime de Leonidas Breznev, o escritor foi privado da nacionalidade soviética e expulso da URSS, acusado de traição à pátria após escrever Arquipélago Gulag, um relato sobre as prisões para onde eram levados os dissidentes do regime comunista, que lhe rendeu o Prémio Nobel de Literatura em 1970. Com a mesma temática, ele escreveu ainda Pavilhão de Cancerosos.
Solzhenitsyn passou duas décadas no exílio nos Estados Unidos, e retornou a seu país natal em 1994, após o fim do comunismo. Nunca abandonou a veia rebelde: era um impiedoso crítico da forma como a Rússia fez a transição para o capitalismo.
1 comentário:
Prémio Nobel da Literatura 1970. Não conhecia e fui consultar.
:)
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