Os monumentos e sítios raros da província da Huíla podem, nos próximos tempos, constar da lista do património mundial, revelou ontem no Lubango a directora provincial da Huíla da Cultura, Marcelina Gomes.
Marcelina Gomes explicou que os especialistas da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) efectuaram recentemente "um levantamento pormenorizado dos locais considerados únicos no continente" para a sua elevação a património mundial.
A responsável argumentou que a classificação da Fenda da Tundavala, Serra da Leba, monumento do Cristo Rei e as grutas de Kangalonga é justificada pelo facto de serem obras raras e únicas com características adequadas aos critérios da Organização das Nações Unidas (ONU).
"Estes bens são raríssimos no mundo pela sua longevidade e imponência, além de terem relação histórica com a vida social, económica, religiosa e cultural das comunidades locais, nacionais e internacionais", disse, para acrescentar que os peritos avaliaram os sítios com a finalidade de incluí-los no leque do património da humanidade", precisou.
Quanto aos critérios de classificação da UNESCO, Marcelina Gomes disse que a província tem uma lista "enorme de monumentos, sítios e zonas paisagísticas que poderiam ser elevados ao estatuto de património internacional".
"As nossas raridades possuem características básicas inseridas nos critérios estabelecidos pela organização das Nações Unidas pela Cultura. Vamos defender sempre esta posição, porque quando os peritos concluíram que a Tundavala é um local impar a nível do mundo, reconhecem haver raridades no nosso país", disse.
Registo no Diário da República
Registo no Diário da República
Um dos passos dados para a valorização da diversidade de monumentos, sítios e paisagens com valor foi a sua publicação em Diário da República. Com a sua legalização, estão criadas as condições para a conquista de outros patamares como o reconhecimento mundial.
Estão já publicados em Diário da República, afirmou a directora da Cultura, seis locais identificados e inventariados do Lubango.
Os mesmos foram já classificados e registados como património local e nacional, à luz da Lei 14, sobre Monumentos e Sítios.Entre eles, destacam-se os edifícios do antigo Palácio do Governo, o núcleo provincial da Assembleia Nacional e a sua parte frontal, o parque infantil do Lubango, o templo da Missão da Huíla, os Barracões, a antiga Estação dos Caminhos de Ferro de Moçâmedes e a praça Dr. Agostinho Neto.
A direcção provincial remeteu também ao Ministério da Cultura mais 79 monumentos, sítios e zonas turísticas, que aguardam pela sua publicação no Diário da República como património nacional e local.Dos 220 monumentos, sítios e zonas turísticas cadastrados, o município da Chibia lidera a lista com 37, depois Caconda com 32, Quilengues 25, Caluquembe com 24, Lubango 17, Chicomba 7, Quipungo e Cacula 6, Chipindo e Matala 5 cada, seguido da Humpata.
O processo de investigação para o cadastro e inventariação de mais locais históricos, arqueológicos e reservas naturais continua nos municípios da Jamba e Kubango.
"Estamos a actualizar a lista e, do trabalho já feito em 12 municípios, constatamos que há monumentos e sítios que estão em boas condições e outros precisam de requalificação, para serem frequentados pelos interessados em conhecer a nossa história", disse Marcelina Gomes.
in Jornal de Angola
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