Páginas

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Angolanos e brasileiros em pé de guerra pela Galp

Petrobras e Sonangol têm sido dadas como interessadas em entrar no capital da petrolífera
A estrutura accionista da Galp poderá ser alterada já a partir do dia 1 de Janeiro, com o fim da cláusula do acordo parassocial que obriga os principais accionistas a manterem as posições. Adivinha-se assim uma «guerra» de poder entre a Petrobas, Sonangol e Américo Amorim.
O acordo parassocial da Galp - que entrou em vigor em 2006 e se prolonga até 2014 - dita que os accionistas que assinaram o documento (ENI, Amorim Energia e Caixa Geral de Depósitos) devem manter a sua posição no capital social da empresa até 31 de Dezembro deste ano, nota a Lusa.
A Amorim Energia (na qual os angolanos da Sonangol detêm uma participação de 45%) e a italiana ENI têm cada uma 33,34% do capital social da Galp (o máximo permitido pelo acordo parassocial). À Parpública pertencem 7% e à Caixa Geral de Depósitos (CGD) 1%. No entanto, o banco público tem direitos de preferência na petrolífera o que faz com que, na prática, qualquer alteração no quadro societário da Galp implique o acordo da CGD. O restante capital da petrolífera (25,32%) está disperso pelo mercado.
Nas agora, com o fim da cláusula eminente, accionistas como a ENI e a Amorim Energia ficam livres para reforçar ou vender a sua posição. Ainda que sob condições, como por exemplo, a obrigação de alienar a totalidade da participação, tendo as outras partes direitos de preferência.
O «Diário Económico» noticiou na quarta-feira que o Governo está a tentar forçar a extensão do acordo parassocial com estes dois accionistas com o objetivo de «ganhar tempo para encontrar uma solução que sirva os interesses nacionais».

Sem comentários: