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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Montepio alheio às investigações sobre acções do Finibanco

Valorização das acções do Finibanco antes da OPA do Montepio desencadeou ‘alarmes’ da CMVM.
Os dias que antecederam o anúncio preliminar de lançamento da OPA do Montepio Geral sobre o Finibanco ficaram marcados por fortes valorizações e liquidez das acções do Finibanco, instituição alvo da oferta de aquisição.
Este desempenho em bolsa dos títulos, atípico para o padrão habitual, fez "soar os alarmes" na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e levou a entidade de supervisão a, inicialmente, ordenar a suspensão da negociação das acções do Finibanco e, posteriormente, a abrir um processo de análise e investigação às transacções nos dias anteriores ao anúncio da OPA. Isto porque, a forte valorização das acções indicia que alguns investidores terão tido acesso à informação de que iria ser lançada a oferta de aquisição, tirando disso partido, crime referido habitualmente por ‘insider trading'.
As alegadas irregularidades prendem-se exactamente com essa compra de acções nos dias antes do anúncio da operação, por parte de investidores não identificados. As investigações nada têm a ver com a OPA propriamente dita, que aliás já foi concluída com sucesso, estando em curso a integração operacional do Finibanco no Montepio. No mesmo sentido, Tomás Correia comentou o caso, em declarações ao Diário Económico. "O Montepio é completamente alheio às operações que vêm descritas", afirma o banqueiro, acrescentando que "tais operações são contrárias à prática e aos valores do Montepio". Tomás Correia conclui dizendo que, no que toca às irregularidades detectadas pela CMVM, "se existirem são da responsabilidade de agentes económicos completamente estranhos ao Montepio".

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