BIC Português compra parte do activo e passivo do BPN

Luanda – O presidente do conselho de administração do Banco BIC Português, Fernando Teles, confirmou hoje (segunda-feira), a partir de Lisboa, que a sua instituição vai ficar com 50 por cento dos trabalhadores, e mais de dois terços dos 220 balcões do Banco Português de Negócios (BPN).

Ao falar à Angop, por telefone, um dia depois do Governo luso ter tomado a decisão de seleccionar a proposta do Banco BIC Português, com vista a negociar, em condições de exclusividade, um acordo para a alienação das acções representativas do capital social do BPN, Fernando Teles disse que a instituição financeira, com capitais maioritariamente angolanos, está a negociar a compra de parte dos activos e passivo do BPN.

“O BIC Português vai pagar 40 milhões de euros para aquisição do BPN”, afirmou, esclarecendo que se nos próximos cinco anos a instituição financeira apresentar resultado líquido de 70 milhões de euros não pagará nada ao estado português, mas se esse resultado for de 100 milhões de euros poderá pagar mais 20% do valor da compra, ou seja mais oito (8) milhões de euros.

O gestor acredita ser um negócio rentável para o BIC, pelo facto de não comprar tudo, mas apenas uma parte do activo e passivo do banco.

Segundo disse, a compra de parte dos activos do BPN é também uma das formas encontradas para o BIC poder crescer mais rápido no mercado luso e na Europa.

Deste modo, os clientes do BPN passarão a integrar a carteira de clientes do BIC.

Esclareceu que nos próximos 120 dias será decidido que balcões poderão ficar com o BIC Português. Relativamente aos trabalhadores dos balcões que forem encerrados, disse que o Estado português poderá indemnizá-los.

Explicou que os balcões do BPN passarão a utilizar a imagem do BIC Português e do Banco BIC Angola.

O Banco Português de Negócios conta actualmente com mil e 580 colaboradores e mais de 300 mil clientes. 

 

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