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sábado, 17 de dezembro de 2011

Montepio não precisa de reforçar provisões após análise internacional

CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL
Sede: Rua Áurea, 219 a 241, 1100-062 Lisboa
Capital Institucional: 1 145 000 000 Euros
Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa
Sob o nº 500 792 615 (anterior nº124/920319 – 1ª Secção)
NIPC nº 500 792 615
COMUNICADO
RESULTADOS DO PROGRAMA ESPECIAL DE INSPECÇÕES (SIP)
GRUPO MONTEPIO GERAL
O Banco de Portugal divulgou hoje os primeiros resultados globais do Programa Especial de Inspecções (SIP) realizado como parte das medidas e acções acordadas pelas autoridades portuguesas, relativamente ao sistema financeiro, no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira estabelecido com o FMI/EU/BCE em Maio passado.
Este Programa de Inspecções abrangeu os 8 maiores grupos bancários portugueses, incluindo o Grupo Caixa Económica Montepio Geral (Grupo Montepio Geral), e teve por objectivo validar, com referência a 30 de Junho de 2011, os dados sobre risco de crédito utilizados na avaliação da sua solidez financeira, através de uma avaliação independente das suas carteiras de crédito e da adequação das suas políticas e procedimentos de gestão de risco, bem como da confirmação do cálculo dos requisitos de capital para risco de crédito.
O impacto agregado dos resultados do SIP na avaliação da solvabilidade do Grupo Montepio Geral, a 30 de Junho de 2011, é imaterial, mantendo-se o rácio de Tier 1 em 9,0%, acima do mínimo de 8% exigido naquela data.
O exercício incidiu sobre créditos no valor de 17,4 mil milhões de euros, cobrindo a totalidade da carteira de crédito do Grupo Montepio Geral. A avaliação concluiu ser adequado o valor global da imparidade registada nas contas consolidadas do Grupo, considerando que as divergências de 43 milhões de euros do valor da imparidade registada na carteira do crédito analisado (0,2% da carteira do crédito analisado e 6,2% do valor da imparidade registada relativamente a essa carteira) foram cobertas pela afectação aos créditos referidos de imparidades já existentes a 30 de Junho, mas ainda não alocadas nessa data, num valor de 50 milhões de euros.
No contexto do SIP, foi também apurada a necessidade de efectuar correcções pontuais aos valores dos activos ponderados pelo risco, que implicariam um aumento de 0,8% no montante total calculado para aquela data. Refira-se, contudo, que as alterações regulamentares aplicáveis após a data de referência do SIP, em especial a entrada em vigor, no final de 2011, das alterações introduzidas pela legislação comunitária (CRD III), irão implicar uma redução do valor dos activos ponderados pelo risco, equivalente a 0,3% tendo por base os dados de 30 de Junho de 2011. Estes efeitos subsequentes a 30 de Junho de 2011 não foram tomados em consideração na estimativa do impacto do SIP no rácio Tier 1.
Tendo sido identificadas algumas oportunidades de melhoria em matéria de políticas e procedimentos seguidos na gestão do risco de crédito, o Montepio Geral irá estabelecer e apresentar ao Banco de Portugal um plano para a implementação a curto prazo das situações que ainda subsistam.
Adicionalmente, o grupo Montepio Geral informa que prevê realizar um aumento de capital de 100 milhões de euros até ao final do corrente ano, o que em conjunto com o processo de desalavancagem em curso lhe permitirá reforçar os actuais níveis de solvabilidade tendo em vista a meta de 10% para o rácio Core Tier 1 definida para o final de 2012.
Lisboa, 16 de Dezembro de 2011

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