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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Portugal é dos maiores utilizadores de cartões bancários e dos que tem menos perdas por fraudes

Portugal é, num conjunto de 32 países, o quarto maior utilizador de cartões bancários, mas surge no final da tabela quanto à percentagem de fraudes em proporção das transações, segundo um relatório do Banco Central Europeu publicado hoje.
O relatório do BCE mostra que existem grandes variações nos países da União Europeia quanto à utilização de cartões bancários, entre um mínimo de 0,6 cartões por habitante da Roménia e os 3,3 do Luxemburgo, o número de pagamentos por ano e por habitante, que vão dos 16 da Roménia aos 236 da Finlândia, enquanto o valor das transações vai dos 12.738 euros do Reino Unido aos 1.294 da Roménia.
Portugal, com uma média de 1,9 cartões por habitante, surge em quarto lugar, a seguir ao Luxemburgo (3,3), Reino Unido (2,3) e Suécia (2,1) e acima da média da União Europeia (1,4).
Surge em sétimo lugar no que diz respeito ao número de pagamentos por ano e por habitante (158) e em décimo no que diz respeito ao valor das transações, com 8.067 euros.
Os cartões emitidos no Luxemburgo, em França e no Reino Unido registaram, em média, as maiores perdas por fraude em proporção das transações regulares (0,00061, 0,00059 e 0,00055%, respetivamente), enquanto Portugal registou dos valores mais baixos (0,00009%), a par de países com escassa utilização de cartões, como a Eslováquia, Hungria, Polónia e Roménia (0,00004%). 
As transações realizadas na Irlanda tinham a maior probabilidade de ser fraudulentas: mais de uma em cada mil transações, em comparação com a média da área do euro de cerca de uma em cada 4000 transações, sendo que a maior parte destas operações de pagamento foram realizadas através da Internet. 
Segundo o relatório do BCE, a fraude com cartões tem vindo a diminuir desde 2007. Em 2011, a percentagem de fraude em relação ao valor total das transações nos 32 países integrantes da Área Única de Pagamentos em Euros (SEPA) caiu para 0,00036% (menos 10% do que no ano anterior). 
Em Portugal, a tendência foi contrária, com a percentagem de fraude no valor total das transações a aumentar 14%, para 0,00009%.

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