Os custos de integração do Finibanco e um aumento das provisões
provocaram uma queda dos lucros do Montepio para 5,068 milhões de euros.
O Montepio Geral registou uma queda dos lucros de 25,5 milhões de
euros em Junho face ao ano anterior, atingindo um lucro de 5,068 milhões
de euros, em termos consolidados.
Segundo Tomás Correia, presidente do banco, esta quebra é explicada
pelos custos da integração do Finibanco, "que está a ser feita a um
ritmo acelerado" e com o aumento substancial das provisões. "Apesar do
crédito vencido a mais de 90 não ter aumentado, decidimos aumentar as
provisões para fazer face à conjuntura económica adversa", diz Tomás
Correia.
O banco da Associação Mutualista, registou um aumento dos custos de
24,7%, o que equivale a custos operacionais de 30,47 milhões de euros. A
progressão dos gastos operacionais foi determinada pelos custos de
integração do Finibanco, pelas contribuições com reformas antecipadas e
pelo aumento dos custos com a integração dos colaboradores na segurança
social; refere o Relatório e Contas do Montepio.
Por outro lado, as provisões subiram 26,4%, ou seja cerca de 16
milhões de euros. Destas, cerca de 7,9 milhões foram para imparidades de
crédito "para fazer face ao aumento de risco de alguns segmentos de
actividade", refere o banco. Tudo isto abate à rubrica dos resultados, o
que justifica a maior parte da queda. O banco teve ainda uma queda de
21% com resultados de mercado.
O banco liderado por Tomás Correia viu assim a rentabilidade descer
colossalmente: a rendibilidade do capital próprio (ROE) situou-se em
0,89 % em Junho o que compara com 5,18% em 2010.
De resto nas rubricas principais o Montepio registou uma performance
positiva. Apesar da queda dos lucros, o Montepio Geral aumentou a margem
financeira para 22,6% para 158,34 milhões de euros. As comissões
líquidas aumentaram no ano 25,4% para 43,7 milhões de euros. Ao todo o
produto bancário subiu 10,1% em Junho face ao período homólogo do ano
anterior.
O Montepio apresentou ainda um rácio de transformação de depósitos em
crédito (que mede o grau de alavancagem) de 135,56% e rácios de capital
confortáveis. O Core capital está nos 9%, mínimo exigido pela troika.
Para o ano o Montepio terá de reforçar este rácio para 10%, tal como o
resto do sector.
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