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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Lucro do Montepio desce 83,7% até Junho

Os custos de integração do Finibanco e um aumento das provisões provocaram uma queda dos lucros do Montepio para 5,068 milhões de euros.
O Montepio Geral registou uma queda dos lucros de 25,5 milhões de euros em Junho face ao ano anterior, atingindo um lucro de 5,068 milhões de euros, em termos consolidados.
Segundo Tomás Correia, presidente do banco, esta quebra é explicada pelos custos da integração do Finibanco, "que está a ser feita a um ritmo acelerado" e com o aumento substancial das provisões. "Apesar do crédito vencido a mais de 90 não ter aumentado, decidimos aumentar as provisões para fazer face à conjuntura económica adversa", diz Tomás Correia.
O banco da Associação Mutualista, registou um aumento dos custos de 24,7%, o que equivale a custos operacionais de 30,47 milhões de euros. A progressão dos gastos operacionais foi determinada pelos custos de integração do Finibanco, pelas contribuições com reformas antecipadas e pelo aumento dos custos com a integração dos colaboradores na segurança social; refere o Relatório e Contas do Montepio.
Por outro lado, as provisões subiram 26,4%, ou seja cerca de 16 milhões de euros. Destas, cerca de 7,9 milhões foram para imparidades de crédito "para fazer face ao aumento de risco de alguns segmentos de actividade", refere o banco. Tudo isto abate à rubrica dos resultados, o que justifica a maior parte da queda. O banco teve ainda uma queda de 21% com resultados de mercado.
O banco liderado por Tomás Correia viu assim a rentabilidade descer colossalmente: a rendibilidade do capital próprio (ROE) situou-se em 0,89 % em Junho o que compara com 5,18% em 2010.
De resto nas rubricas principais o Montepio registou uma performance positiva. Apesar da queda dos lucros, o Montepio Geral aumentou a margem financeira para 22,6% para 158,34 milhões de euros. As comissões líquidas aumentaram no ano 25,4% para 43,7 milhões de euros. Ao todo o produto bancário subiu 10,1% em Junho face ao período homólogo do ano anterior.
O Montepio apresentou ainda um rácio de transformação de depósitos em crédito (que mede o grau de alavancagem) de 135,56% e rácios de capital confortáveis. O Core capital está nos 9%, mínimo exigido pela troika. Para o ano o Montepio terá de reforçar este rácio para 10%, tal como o resto do sector.


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