No dia 20 de janeiro, assinala-se os 40 anos do seu assassinato,
ocorrido na Guiné-Conacri. São vários os títulos e teses publicados na
última década sobre a vida e obra de Amílcar Cabral, que teria
completado 89 anos a 12 de setembro se fosse vivo. Alguns autores
enveredaram pelo caminho da investigação para indagar sobre a verdade à
volta da morte, a 20 de janeiro de 1973, daquele que foi o fundador e
secretário-geral do PAIGC (Partido Africano para a Independência da
Guiné-Bissau e Cabo Verde) e destacado líder dos movimentos de
libertação das antigas colónias portuguesas em África.
Aristides Pereira, primeiro presidente de Cabo Verde que sucedeu a
Cabral na liderança do partido guineense, tentou explicar a sua morte
numa obra lançada em Cabo Verde e em Portugal, da autoria do
cabo-verdiano José Vicente Lopes (ver África21 de junho de 2012). No
livro-entrevista Aristides Pereira, Minha Vida, Nossa História as
dúvidas parecem ficar esclarecidas. Mas a interrogação «Quem mandou
matar Amílcar Cabral?», plasmada nesta publicação, também já tinha sido
suscitada pelo jornalista português, José Pedro Castanheira, num livro
publicado em 1995, precisamente com esse título.
Entre tantos enigmas, Pedro Castanheira tratou com os seus escritos
de dar um contributo para desvendar um crime que permanece misterioso.
Terá sido a Pide? Ou terá sido a mando de Sekou Touré, então Presidente
da República da Guiné? O autor material do crime, segundo Aristides
Pereira, foi Inocêncio Cani, um dos guerrilheiros de grande confiança de
Cabral, que não teria agido sozinho.
Leia versão integral na edição impressa da revista África21
(N.º 70, dezembro 2012/janeiro 2013). Para assinar a revista contacte:
jbelisario.movimento@gmail.com
In: http://www.africa21digital.com/conhecimento/ver/20030125-refletir-sobre-a-utopia-de-amilcar-cabral
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