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sábado, 13 de julho de 2013

Revista financeira britânica Euromoney distingue Horta-Osório

O prémio anual de melhor banqueiro do mundo da revista financeira britânica Euromoney foi atribuído ao português António Horta-Osório, presidente executivo (CEO) do grupo Lloyds em Londres, Inglaterra, foi anunciado na quinta-feira à noite.
De acordo com um comunicado divulgado pela revista na sua página da Internet, Horta-Osório foi distinguido "pelos seus esforços, nos últimos dois anos, em fazer com que o banco britânico regressasse aos lucros".
"Decisões difíceis tomadas em tempos complicados ajudaram a revitalizar as fortunas do grupo banqueiro Lloyds. Agora Horta-Osório pode concentrar-se em tentar fazer do maior banco do Reino Unido o melhor", refere a publicação.
A Euromoney distingue os melhores na área financeira desde 1992. Os prémios distinguem instituições e pessoas que "demonstram liderança, inovação e dinamAntónio Horta-Osório mostrou-se "honrado" com o prémio.
"[Esta distinção] é testemunho do trabalho árduo das várias equipas para apoiarem a nossa estratégia de transformar o grupo [Lloyds] num banco simples, focado no cliente, de baixo risco retalhista e comercial, que traz benefícios reais aos clientes, colaboradores e acionistas", afirmou, citado pela Euromoney, ao receber o prémio.
Horta-Osório entrou em funções no grupo Lloyds a 01 de março de 2011. Oito meses depois, o banqueiro meteu baixa durante dois meses, entre 02 de novembro de 2011 e 09 de janeiro de 2012.
Na altura, o banqueiro atribuiu os problemas de saúde às dificuldades que sentia desde setembro em dormir, na sequência dos quais foi internado em novembro numa clínica especializada.
O banqueiro, de 49 anos, passou pelo Citibank, o Goldman Sachs, o Santander e o Banco de Inglaterra, onde se mantém como administrador não-executivo.
O Lloyds Banking Group, a segunda maior instituição financeira do Reino Unido foi parcialmente nacionalizado em 2008, recebendo do Estado 23,2 mil milhões de euros, e apresentou um lucro de 1.525 milhões de libras (1.769 milhões de euros) no primeiro trimestre deste ano, devido, em parte, ao controlo de custos.
O Lloyds acumulou resultados negativos de 3,9 mil milhões de libras (4,5 mil milhões de euros) nos primeiros nove meses de 2011, em grande parte devido às provisões feitas para indemnizar clientes a quem foram vendidos seguros indevidamente.
Nos três primeiros meses de 2012, o banco liderado por Horta-Osório teve um prejuízo de 5 milhões de libras (5,8 milhões de euros).
O resultado bruto obtido nos três primeiros meses de 2013 atingiu os 2.040 milhões de libras (2.366 milhões de euros), contra os 280 milhões de libras (324 milhões de euros) alcançados no primeiro trimestre do ano passado.
As receitas totais atingiram 17.609 milhões de libras (28.174 milhões de euros) nos três primeiros meses deste ano, mais 66% face ao mesmo período de 2012.
De acordo com o banco, o lucro alcançado no período em apreço foi possível graças "à subida dos recursos e à contínua melhoria dos custos".

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