O prémio
anual de melhor banqueiro do mundo da revista financeira britânica Euromoney
foi atribuído ao português António Horta-Osório, presidente executivo (CEO) do
grupo Lloyds em Londres, Inglaterra, foi anunciado na quinta-feira à noite.
De acordo
com um comunicado divulgado pela revista na sua página da Internet, Horta-Osório
foi distinguido "pelos seus esforços, nos últimos dois anos, em fazer com
que o banco britânico regressasse aos lucros".
"Decisões
difíceis tomadas em tempos complicados ajudaram a revitalizar as fortunas do
grupo banqueiro Lloyds. Agora Horta-Osório pode concentrar-se em tentar fazer
do maior banco do Reino Unido o melhor", refere a publicação.
A
Euromoney distingue os melhores na área financeira desde 1992. Os prémios
distinguem instituições e pessoas que "demonstram liderança, inovação e
dinamAntónio Horta-Osório mostrou-se "honrado" com o prémio.
"[Esta
distinção] é testemunho do trabalho árduo das várias equipas para apoiarem a
nossa estratégia de transformar o grupo [Lloyds] num banco simples, focado no
cliente, de baixo risco retalhista e comercial, que traz benefícios reais aos
clientes, colaboradores e acionistas", afirmou, citado pela Euromoney, ao
receber o prémio.
Horta-Osório
entrou em funções no grupo Lloyds a 01 de março de 2011. Oito meses depois, o
banqueiro meteu baixa durante dois meses, entre 02 de novembro de 2011 e 09 de janeiro de 2012.
Na altura,
o banqueiro atribuiu os problemas de saúde às dificuldades que sentia desde
setembro em dormir, na sequência dos quais foi internado em novembro numa clínica
especializada.
O
banqueiro, de 49 anos, passou pelo Citibank, o Goldman Sachs, o Santander e o
Banco de Inglaterra, onde se mantém como administrador não-executivo.
O Lloyds
Banking Group, a segunda maior instituição financeira do Reino Unido foi parcialmente
nacionalizado em 2008, recebendo do Estado 23,2 mil milhões de euros, e
apresentou um lucro de 1.525 milhões de libras (1.769 milhões de euros) no
primeiro trimestre deste ano, devido, em parte, ao controlo de custos.
O Lloyds
acumulou resultados negativos de 3,9 mil milhões de libras (4,5 mil milhões de
euros) nos primeiros nove meses de 2011, em grande parte devido às provisões
feitas para indemnizar clientes a quem foram vendidos seguros indevidamente.
Nos três
primeiros meses de 2012, o banco liderado por Horta-Osório teve um prejuízo de
5 milhões de libras (5,8 milhões de euros).
O
resultado bruto obtido nos três primeiros meses de 2013 atingiu os 2.040
milhões de libras (2.366 milhões de euros), contra os 280 milhões de libras
(324 milhões de euros) alcançados no primeiro trimestre do ano passado.
As
receitas totais atingiram 17.609 milhões de libras (28.174 milhões de euros)
nos três primeiros meses deste ano, mais 66% face ao mesmo período de 2012.
De acordo
com o banco, o lucro alcançado no período em apreço foi possível graças "à
subida dos recursos e à contínua melhoria dos custos".
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